7 doenças comuns no inverno

7 doenças comuns no inverno

As principais doenças do inverno são as doenças respiratórias transmissíveis, como resfriados e gripes, além do agravamento de outras como rinite, asma, sinusite, otite e pneumonia, pois este período favorece a circulação de vírus e bactérias, já que a temperatura fica mais baixa, o ar fica mais seco e há uma maior tendência em ficar em ambientes fechados.

As pessoas mais propícias a sofrer com estas doenças são as crianças e os idosos, por terem o sistema imune mais fragilizado. O período de maior proliferação dos micro-organismos pode variar de acordo com a região do Brasil, já que no Sul e Sudeste os meses mais frios podem variar de maio a outubro, enquanto que no Norte e Nordeste os meses entre abril e junho há mais chances de chuva e queda das temperaturas.

Doenças mais comuns do inverno e como evitar

1. Resfriados e gripes

Os gripes são infecções das vias respiratórias superiores, como nariz e garganta, causadas por vírus do tipo Influenza, e provocam sintomas como febre de cerca de 37,8ºC, secreção nasal, coriza, dor de garganta e dor nos músculos e articulações, que dura cerca de 5 a 7 dias.

Já os resfriados são o mesmo tipo de infecção, porém mais branda, causada por vírus como adenovírus, rinovírus e vírus sincicial respiratório, e provoca sintomas tipo coriza, espirros, dor de garganta e conjuntivite, que duram uma média de 3 a 5 dias.

Como tratar: não existe um tratamento específico para gripes e resfriados, sendo necessário a realização de repouso, uso de anelgésicos para aliviar a dor, além de descongestionantes e lavagem nasal para fluidificar e remover as secreções. 

2. Rinite alérgica

A rinite alérgica é a inflamação da mucosa que reveste o nariz, causada por reação alérgica, que provoca sintomas como espirros, coriza e coceira no nariz, sintomas que podem durar de alguns minutos até vários dias. A substância que provoca alergia varia para cada pessoa, sendo, geralmente, o pólen de plantas, poeira, ácaros ou pêlos de animais. 

Como tratar: esta doença é crônica e não tem cura, entretanto existem tratamentos que podem ajudar a tratar e controlar os seus sintomas, como anti-histamínicos, corticóides nasais e, principalmente, evitar o contato com as substâncias alérgicas.

3. Sinusite

A sinusite é a inflamação da mucosa dos seios da face, que são estruturas que ficam ao redor do nariz, causando sintomas como dor na região da face, secreção nasal e dor de cabeça, e pessoas que já tem um grau de rinite alérgica têm maior tendência a desenvolver esta inflamação. 

Esta doença é causada, principalmente por infecções virais, por vírus de gripes e resfriados, e por alergias, sendo somente uma pequena parte causada por bactérias.

Como tratar: costuma ser orientado pelo médico o uso de anti-histamínicos, anti-inflamatórios, descongestionantes e lavagem nasal com solução salina, estando indicado o uso de antibióticos apenas quando há suspeita de infecção por bactérias. 

Doenças mais comuns do inverno e como evitar

4. Pneumonia

A pneumonia acontece quando a inflamação e infecção das vias respiratórias atingem os pulmões, geralmente, causadas por bactérias, vírus ou, mais raramente, fungos. Os sintomas da pneumonia incluem tosse com catarro amarelo ou esverdeado, febre de cerca de 38ºC ou mais e calafrios, e, se a infecção for grave, pode causar também falta de ar, dificuldade para respirar e respiração ofegante. 

Como tratar: o tratamento depende da causa, na maioria das vezes feito com antibióticos e analgésicos em casa, com orientação médica. Em casos mais graves, em que há sinais de alerta, como oxigenação do sangue prejudicada, confusão mental ou insuficiência dos rins, por exemplo, pode ser necessária internação para realização de remédios na veia ou uso de oxigênio. 

5. Otite

É a infecção que costuma acontecer por vírus ou bactérias que infectam a garganta e migram até o ouvido. Esta infecção pode causar dor no local, febre e produção de secreção, e é mais comum em crianças.

Como tratar: geralmente, o médico orienta o uso de analgésicos, como Paracetamol ou Ibuprofeno, sendo feito o uso de antibióticos apenas quando há suspeita de infecção bacteriana. 

6. Asma

Crises de asma acontecem em pessoas predispostas, que têm doença inflamatória dos pulmões, e podem ser desencadeadas por fatores alérgicos, como frio e poeira, por exemplo. Estas crises são mais comum em crianças, apesar de também acontecerem em adultos, e causam sintomas como chiados no peito, falta de ar e tosse.

Como tratar: o tratamento é feito com orientações dos pneumologista, que pode envolver uso de broncodilatadores e corticóides, por exemplo.

7. Meningite

A meningite é a infecção das membranas que envolvem o cérebro por vírus, bactérias, fungos e parasitas, e provoca sintomas que podem surgir de forma repentina, com febre alta, dor de cabeça forte, dores no corpo e vômitos. 

É mais comum em crianças, entretanto pode acontecer em adultos, transmitida através do contato com gotículas de saliva do indivíduo contaminado através da tosse, espirro ou fala.

Como tratar: o tratamento depende do tipo de microorganismo causador, podendo ser o uso de antibióticos injetáveis, como Penicilina, analgésicos e anti-inflamatórios, orientados pelo médico. 

Doenças mais comuns do inverno e como evitar

Como evitar as doenças comuns do inverno

Para se proteger e evitar estas doenças, recomenda-se:

  • Evitar locais fechados e com excesso de pessoas;
  • Deixar o ambiente o mais ventilado e arejado possível;
  • Lavar ou higienizar com álcool as mãos várias vezes ao dia, principalmente após estar em locais públicos;
  • Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir, preferencialmente com lenço de papel descartável;
  • Comer bem e de forma saudável, com dieta rica em frutas e verduras, pois são ricos em antioxidantes e minerais que ajudam a melhorar a imunidade;
  • Beber cerda de 2 litros de água por dia;
  • Evitar ir com frequência de forma desnecessária ao pronto-socorro, pois é um ambiente com alta probabilidade de contaminação;
  • Evitar o contato próximo com outras pessoas, quando se estiver resfriado, principalmente idosos e recém-nascidos. 

Além disso, é recomendada a vacinação anual contra a gripe, capaz de proteger contra os principais vírus causadores de gripe no período. Esta vacinação é especialmente importante para pessoas com maior risco para o desenvolvimento de quadros mais graves de gripe e pneumonia viral, como idosos, crianças, gestantes, diabéticos e portadores de doenças pulmonares, cardíacas ou auto-imunes.

Saiba como manter a saúde com a chegada do outono

Saiba como manter a saúde com a chegada do outono

Alteração brusca de temperatura, baixa umidade do ar e infecções respiratórias marcam o início da estação
O outono dá as caras nesta quarta-feira e, segundo a meteorologia, deve chegar com muita chuva e temperaturas mais baixas do que a média para a época do ano. A amplitude térmica e a baixa umidade, características desta estação, pedem cuidados com a saúde, especialmente a respiratória.
Durante o período de transição do verão para o outono é comum sentir cansaço e dificuldade para respirar. A pele também fica mais seca e suscetível a rachaduras e alergias. O ar mais seco e a baixa temperatura dificultam a dispersão de partículas, o que compromete o sistema respiratório e cardiovascular.
Crianças, idosos e pacientes de doenças crônicas estão classificados no grupo de risco e mais vulneráveis a síndromes gripais, que atingem vias inferiores (caso de bronquites, asma e rinossinusopatias) e vias superiores (tosse seca).

  • Durante a troca de estações as condições crônicas tornam-se mais abaladas para pacientes de bronquites, asma, rinite e sinusites. É importante estar atento a possíveis irritações nos olhos. Secura e coceira podem indicar um quadro de conjuntivite, comum durante o outono. Em casos de tosse e febre por mais de cinco dias o ideal é procurar tratamento médico – explica a pneumologista.

Para evitar os possíveis incômodos da estação, listamos cinco maneiras que podem ajudar a manter a saúde e aproveitar o outono:
1) Mantenha os níveis de hidratação do corpo
No verão nos preocupamos muito com a hidratação, pois perdemos muito liquido. No outono não é diferente. As temperaturas são mais baixas, porém o ar está mais seco. O consumo de líquidos é essencial, principalmente de água.


2) Evite longa permanência em locais fechados
A proliferação de alguns vírus é ainda maior nessa época do ano. Locais fechados favorecem isso. É importante sempre deixar janelas abertas e permitir que o ar se renove.


3) Lave sempre as mãos
Lavar as mãos deve se tornar um hábito, não somente durante a troca de estações. Estamos em contato com diversos objetos que podem estar contaminados, por isso é imprescindível lavar as mãos com água e sabonete líquido, de preferência, e sempre que possível fazer uso do álcool em gel para finalizar.


4) Mantenha uma alimentação balanceada
As síndromes gripais, mais comuns durante a estação, acometem principalmente crianças e idosos por conta do sistema imunológico frágil. Ter uma alimentação equilibrada com os nutrientes e vitaminas necessárias evita que o corpo fique suscetível a contaminações.


5) Hidrate bem a pele
É comum notarmos que a pele fica mais seca com a chegada do outono. Isso pode acarretar rachaduras e irritações que desenvolvem alergias na pele. O ideal é usar um hidratante específico para o rosto e outro para o corpo. Banhos quentes também devem ser evitados, pois favorecem o processo de ressecamento da pele.

Conversando sobre Pruridos/Coceira

Conversando sobre Pruridos/Coceira

Pruridos/Coceira é uma ocorrência muito comum numa clínica dermatológica. Durante a vida, qual pessoa não teve algum tipo de prurido? Desde os mais corriqueiros até quadros muito intensos. As causas são as mais variadas. Tentaremos resumidamente comentar suas variantes.

O prurido comumente conhecido como coceira, é uma sensação exclusiva da pele. Uma pequena porcentagem de neurônios (não mielinizados), respondem a estímulos dolorosos ou mecânicos, pode ser desencadeado por ocorrência normal, como o toque leve, mudanças de temperatura e estresse emocional, estímulos mecânicos, térmicos e elétricos também podem desencadear prurido. Os padrões de prurido, apresentam amplas variações.

O calor geralmente agravará um prurido pré-existente, estresse, ausência de distrações, ansiedade e medo aumentarão o prurido, tende a ser mais intenso no momento de trocar a roupa para dormir.

Prurido intenso, persistente ou recorrente, com ou sem lesões prévias, costumam ter caráter paroxístico, com início súbito e intenso, frequentemente acorda o paciente e cessa instantaneamente ou completamente, assim que é induzida a dor pelo ato de coçar. O prazer de coçar é tão intenso, que o paciente apesar de perceber que está lesando a pele, não consegue parar de infligir tal lesão.

Prurido que aparece por ressecamento da pele ou inflamação é denominado pruridoceptivo. O prurido neuropático é transmitido por algum tipo de doença que afeta neurônios como a neuropatia pós-zoster.

Mecanismos centrais, podem ser importantes fontes de prurido, sendo que isso explica a maior eficácia dos anti-histamínicos sedativos, sobre os não sedativos. A parasitofobia caracteriza o 4º tipo de prurido o PSICOGÊNICO.

Rapidamente citaremos algumas causas externas de prurido. O prurido pode estar presente, como sintomas em muitos distúrbios internos.

Entre as causas mais importantes do prurido estão hepatopatias, insuficiência renal, hipo e hipertireoidismo, doenças hematopoiéticas, como anemia ferroprivas, linfomas, leucemia, malignidades internas, parasitas intestinais, carcinoides, esclerose múltipla, AIDS, e doenças neuropsiquiátricas, sendo a anorexia nervosa proeminente entre os últimos.

Dermatoses com Prurido

Prurido de inverno ou xerótico: Caracteriza-se por prurido corporal generalizado que em geral é mais intenso nos membros superiores e inferiores. A pele é seca e tem descamação fina. Banhos frequentes e demorados com muito sabonete, durante o inverno são as causas mais frequentes, principalmente nos idosos.

Prurido Anal: Costuma ser centralizado na área anal ou genital, com pouco ou nenhum prurido em outras áreas, sempre deverá ser feita pesquisa detalhada das possíveis causas. Dermatite de contato alérgica, falta de limpeza adequada, hemorroidas, verrugas anais, gonorreia anal, micoses, parasitoses, etc.

Prurido Escrotal: O escroto de um adulto é relativamente imune a infecção por dermatófitos (micose) mas é um local favorito para neurodermatite circunscrita. O prurido psicogênico, provavelmente é o tipo mais frequente de prurido visto.

Prurido Vulvar: A candidíase vaginal é a causa frequente de prurido. Dermatite de contato por absorventes, contraceptivos, soluções para duchas, artigos perfumados, preservativos do parceiro, são algumas das causas de prurido vulvar. Devemos lembrar de liquem esclero atrófico em mulheres de meia idade e idosos.

Prurido Aquagênico: É causado por contato com água em qualquer temperatura. Produz desconforto intenso e sensação de alfinetadas, minutos depois de exposição a água.

Prurido do Couro Cabeludo: É comum em idosos, sua causa é desconhecida. Prurido induzido por drogas: Medicamentos devem ser considerados a possível causa de prurido prolongado com ou sem erupção cutânea.

Psicodermatologia

Há distúrbios puramente cutâneos que tem natureza psiquiátrica, sendo sua causa diretamente relacionada com causas psicopatológica, na ausência de causas dermatológicas primárias ou outras causas orgânicas. Delírios com parasitoses (Parasitofobia), escoriações neuróticas, dermatite factícia e tricotilomania compõem as principais categorias de psicodermatologia.

A pele é frequentemente alvo para liberação de tensão emocional. As autolesões por atos repetitivos compulsivos prolongados podem produzir várias mutilações, dependendo do ato e do local da lesão. Delírio de parasitose são fixações na mente de pessoas, de que ela sofre uma manifestação parasitária da pele.

Muitas pessoas têm hábito compulsivos inconscientes de machucar-se e por vezes, a tendência é tão persistente e pronunciada, que são produzidas escoriações na pele. Dermatite factícia é o termo aplicado às lesões de pele auto-infligidas feitas conscientemente e , muitas vezes, com intenção de despertar simpatias, escapar de responsabilidades ou cobrar seguro por invalidez. Tricotilomania é uma neurose caracterizada por uma urgência anormal de arrancar fios de cabelo. Síndrome da queimação na boca: As mulheres em pós-menopausa têm particular tendência para uma sensação de queimação da língua, boca e lábios, sem achados objetivos. Esses quadros dermatológicos, exigem exames adequados, com história pessoal e familiar, análise de hábitos das pessoas, suas profissões e hobby. Fizemos aqui uma leve descrição das principais ocorrências em consultório, ressaltando que muitas vezes, temos que recorrer a outras especialidades para termos êxito no tratamento da dermatite.